Fase regular indica vaga para a Rússia, mas o caminho será longo!

Oito seleções estarão em Ankara, na Turquia, para participar do difícil Pré-Olímpico Europeu entre os dias 04 e 09 de janeiro, onde apenas o campeão carimba seu passaporte para o Brasil. O segundo e terceiro colocados ainda terão mais uma chance de classificação através do Pré-Olímpico Mundial, que será realizado em maio, no Japão. Rússia, Croácia, Alemanha, Bélgica, Itália, Polônia, Holanda e a sede Turquia.
Em tese, a Rússia, atual medalha de prata no Grand Prix e líder do ranking europeu é a favorita à vaga, onde ficou bem perto de conquistar na Copa do Mundo no ano passado, porém, algumas circunstâncias indicam que a caminhada ao título não será nada fácil!



Abaixo segue uma breve análise de cada umas das seleções participantes:

Croácia

Talvez a seleção menos tradicional da competicão, a Croácia só conseguiu sua classificação para este torneio no Campeonato Europeu do ano passado, quando caiu nas oitavas de final para a Itália. Apesar da fama de "fraca", a Croácia tem boas jogadoras que podem fazer a diferença e são destaques nos times em que atuam. Na saída de rede, Samanta Fabris (Novara-Ita) e Katarina Barun (Bergamo-Ita) disputam a titularidade, já que ambas foram destaques da Liga Italiana na temporada passada e ainda fazem a diferença pelos seus novos times. No Campeonato Europeu, melhor para a Barun, que foi titular durante a maior parte da competicão e foi uma das grandes pontuadoras da sua equipe. A Croácia ainda conta com a central Maja Poljak (Eczacibasi-Tur), uma das melhores bloqueadoras do mundo.

Alemanha

A equipe germânica é um dos melhores conjuntos defensivos da competicão, e deposita suas fichas na central Fürst e na oposta Kozuch. Após ter anunciado aposentadoria da equipe nacional, a experiente Fürst voltou atrás da decisão após a saída do técnico italino Guidetti para a seleção holandesa e defenderá as cores da Alemanha na Turquia. Além dessa dupla, a ponteira Maren Brinker também fez boa temporada pelo Montichiari-Ita na temporada passada e deve ajudar muito no ataque e no bloqueio. Uma das novidades da seleção alemã é a volta da central Ssuschke, que não atua pelo time nacional desde a final do Campeonato Europeu de 2013, quando a Alemanha perdeu para a Rússia em casa.

Bélgica

Ganhou o foco da mídia após ganhar a medalha de bronze no Campeonato Europeu de 2013, quando derrotou a fortíssima seleção sérvia e, logo em seguida, ganhou a Segunda Divisão do Grand Prix em 2014, passando para o time de seleções da elite do vôlei mundial. Apesar desse novo status, a Bélgica ainda não ganhou nenhum título de grande expressão, e promete lutar com unhas e dentes a possibilidade de ser a zebra da competição, conseguindo uma das duas vagas para o Pré-Olímpico Mundial, já que o título da competição parece improvável.
A grande estrela da seleção belga é a oposta Lise Van Hecke (Osasco-Bra), que foi a maior pontuadora do Europeu em 2013. Além da oposta, o time ainda conta com a ponteira Helene Rosseaux, uma das estrelas do Modena na temporada passada, mas que hoje defende o Novara, ambos da Itália. Freya, Leys e Cortois são as outras importantes jogadoras da equipe.

Polônia

Após uma boa fase com Baranska e Glinka quando a equipe foi aos Jogos Olímpicos de Pequim, a seleção polonesa ficou de fora das grandes competições por um tempo, e agora tenta voltar ao grupo de elite do voleibol mundial. Guiada por Katarzyna Skowronska, as polonesas lutam por uma das duas vagas para o qualificatório mundial, o que se pode pensar antes do início da competição, já que a seleção polonesa não vem de uma boa série de vitórias, perdendo inclusive para a Turquia em um amistoso realizado na semana passada. Além de Skowronska, a ponteira Werblinska também pode fazer a diferença a favor das polonesas. Mas o grande problema da equipe é a recepção, que tem limitado o poder de ataque da equipe nos últimos jogos, deixando o bloqueio adversário fazer a festa!

Itália

A segunda seleção mais vitoriosa da competição, a Itália vem para o qualificatório com a moral baixa devido seus resultados nas últimas competições, mas o peso da camisa e o forte esquema defensivo pode reerguer a tradição italiana nas terras turcas. Em meio a tantas jogadoras altas das outras seleções, a Itália foge um pouco do padrão de jogo europeu, recepcionando e defendendo muito bem, além é claro do seu sempre bom bloqueio. Chirichella e Guiggi comandam o meio, Del Core e Lucia Bosetti sobram nas pontas, De Gennaro domina o fundo de quadra (com Sansonna na sua sombra), além é claro das duas opostas definidoras da equipe, a experiente Centoni e a jovem promissora Diouf.

Turquia

Algoz da Rússia na última edição da competição, a Turquia vem muito forte para concorrer ao título do torneio com a Rússia e Holanda. Além de contar com o apoio da torcida, a seleção turca conta com um plantel muito forte, que tem a levantadora Naz Aydemir, as ponteiras Sonsirma e Özsoy, as centrais Akman e Eda Erdem, a oposta Neslihan Demir, além da líbero Kuzubasioglu. Se conseguir vaga, a Turquia irá disputar apenas sua segunda Olimpíada. Elas estreiaram em Londres, onde caíram na fase de grupos.

Holanda

A seleção holandesa teve uma safra muito boa de jogadoras em 2007, quando conquistou seu ápice ao vencer o Grand Prix. A maior estrela daquela conquista foi a oposta Manon Flier, que grávida, está fora tanto do qualificatório quanto dos Jogos Olímpicos, caso a Holanda conseguir vaga. Após um período fora dos holofotes, as comandadas de Guidetti conseguiram ser vice campeãs europeias no ano passado com um time muito forte ofensivamente, comandada pela revelação Lonneke Slotjes, além das ponteiras Plak e Bujis. O time ainda tem as centrais De Kruijf e Yvon, a coringa Pietersen, além da levantadora Djikema e da líbero Myrthe Shoot.

Rússia

Talvez a melhor seleção ofensiva atualmente, a Rússia chega em Ankara favorita à vaga para o Brasil. Comandado pela experiente Sokolova, o time tem suas chances depositadas na boa fase de Kosheleva e Obmochaeva, responsáveis diretas pelo vice campeonato da Rússia no Grand Prix e do título europeu em cima das holandesas. Além dessa dupla, o time ainda conta com o poder de bloqueio de Lyubushkina e Zaryazhkho, centrais do Dínamo Moscou e Uralochka respectivamente. O calcanhar de aquiles das russas sem dúvida é a recepção, tanto que se tornou comum haver um revezamento de ponteiras (Scherban e Pasynkova geralmente), mas com a volta de Sokolova, parece que a vaga na ponta já tem nova dona. Na posição de líbero, parece que Kryuchkova ficou para trás! Ezhova e Malova são as escolhidas da vez, e a titular deve ser a companheira de time de Obmochaeva.

Então galera, essa foi uma breve análise dos times que disputarão uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio neste ano...
Falando agora uma opinião mais pessoal, eu acho que a Rússia será a campeã, e as outras duas vagas para o Pré-Olímpico Mundial serão da Holanda e da Turquia. Mas eu acredito muito na valentia italiana, e se fosse colocar alguma outra seleção para se infiltrar nesse grupo, eu colocaria a Itália.

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