Giro da Superliga Feminina!

Nesse tempo que o blog ficou fora do ar, a Superliga Feminina do Brasil vem cumprindo aquilo que se esperava dela no quesito equilíbrio. Tanto que o Osasco, pentacampeão da competição está apenas em quarto lugar, muito pouco para o time mais rico da América Latina, que conta nada mais nada menos com Lise Van Hecke e Kenia Carcases, duas jogadoras que foram contratadas a peso de ouro. A belga jogou por muito tempo na Itália, onde conquistou a Liga Italiana na temporada 2013/2014 pelo Piacenza. A oposta ainda foi a maior pontuadora do Campeonato Europeu em 2013. Custou ($) caro! Já a cubana Carcaces, vice-campeã pan-americana em 2011, campeã suiça com o Volero Zurique, time inclusive que a agencia, chegou ao Osasco mais cedo, em 2014. Desde lá, foi campeã do Campeonato Paulista por duas vezes, foi vice-campeã sul-americana, vice-campeã da Superliga, e o seu maior título, o do Top Volley International, em cima das suas ex-companheiras. Em nenhum deles, porém, a cubana mostrou ao que veio, fugindo até um pouco da imagem de definidora que a caracterizava quando foi contratada.

Osasco ainda não convenceu na atual temporada.

O Osasco perdeu para o Praia Clube, Minas e Rio de Janeiro, adversário que não vence desde o segundo turno da Superliga 2013/2014. Tudo isso no primeiro turno! O Rio de Janeiro terminou o turno em primeiro lugar, perdendo apenas para o Bauru (que trouxe de volta ao Brasil o treinador Marcos Kwiek). O Sesi-SP passou por momentos de irregularidade durante toda a primeira etapa, apenas Fabiana e Jaqueline sobraram, as demais jogadoras tiveram momentos e momentos.
Saindo do status de coadjuvante, o Brasília enfim montou um time para brigar de igual para igual com qualquer um. Paula Pequeno vem jogando muita bola, Bárbara parece ter vocação mesmo para a saída de rede, além é claro do talento de Macris, que vem se destacando cada vez mais. Diferente das temporadas passadas quando terminou em oitavo lugar, o Brasília parece brigar por algo maior.

O Minas saiu da dependência de Jaqueline na temporada passada e montou um grupo que enche os olhos, unindo experiência e juventude, as mineiras terminaram o turno em terceiro lugar, maior do que antes pensado sem dúvidas. O que "preocupa" (pelo menos deveria) Paulo Coco é Tandara. A nova mamãe do vôlei brasileiro não joga uma partida inteira desde o fim do returno da temporada passada, e uma jogadora do seu nível não deve (nem pode) ficar de fora, ainda mais com os playoffs se aproximando. O problema é que a oposta Rosamaria, e as ponteiras Mari Paraíba e Carla estão arrebentando na temporada, o que deixa Paulo Coco "preocupado", no bom sentido da palavra.
Se a dupla de estrangeiras de Osasco não vem sendo tão efetiva assim, a do Praia Clube vem fazendo excelentes jogos! Daymi Ramirez e Alexandra Klineman já figuram entre as maiores pontuadoras da competição, e prometem colocar o Praia Clube pela primeira vez na semifinal da Superliga, meta estipulada há mais de 3 temporadas mas que por lesões e gravidez não tem sido alcançado. Para se ter uma ideia do sucesso da dupla, o Praia Clube derrotou o Osasco por 3x1 em casa, feito não alcançado há anos. Contra o Rio, porém, o time de Uberlândia não repetiu o desempenho e caiu fácil, fora de casa! As comandadas do técnico Picinin terminaram a primeira fase da competição na vice-liderança pela primeira vez na história.

Entre os times que brigam pelos playoffs apenas estão São Caetano, Pinheiros (que decaiu muito e demitiu Wagão) e Bauru (que tem a cubana Palácio mas está lesionada)... Se tudo continuar como está, apenas dois desses avançam às quartas de finais.
Em breve mais alguns números sobre a competição, que retorna dia 07 de janeiro.

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